quinta-feira, 1 de março de 2018

(Capítulo 76 – O reencontro)


Eu não sabia se aquele ano poderia me surpreender, não sabia o que ele me proporcionaria nos próximos dias. Quando o relógio avisou que o ano estava chegando, supliquei para que ele me trouxesse Alice. Toda aquela situação estava ficando insuportável, eu lutava para encontrar soluções, maneiras de concertar os meus erros do passado. Eu não estava mais sabendo lidar com a dor que a ausência de Alice me causava, não conseguia mais caminhar sozinho. Desde que ela apareceu, tudo começou a fazer sentindo, ela é a mulher que Deus escolheu para estar ao meu lado por toda a eternidade. Era impossível esquecer as palavras da minha mãe, na noite de natal, quando eu me encontrei perdido mais uma vez.

“– Dê um tempo pra que ela possa digerir tudo o que está acontecendo, ela está confusa, é completamente compreensivo quando a gente passa por momentos difíceis como esse. – Segurou forte minha mão – Seja paciente, ela sabe que pode contar com você.”

Ela tinha toda razão, eu precisaria praticar mais a minha paciência, porque eu estava prestes a enlouquecer com toda essa situação. Aquele era o último dia do ano, estávamos em fortaleza, uma das cidades mais iluminadas, daquelas em que eu me sentia profundamente seguro. Eu estava com meus pais, minha irmã, alguns amigos, mas eu sentia um vazio dentro de mim, desses que só podem ser preenchidos por uma única pessoa. Eram quase duas da madrugada quando eu entrei no palco, estava pronto para dar o meu melhor. Cantei, me encantei. Eles eram incríveis, agradeci imensamente a Deus por ter cada um deles ao meu lado durante todos esses anos. Começamos a beber, liguei para Alice e ela me ignorou completamente, mais uma ligação, mais uma e mais uma ignorada com sucesso. “O que estava acontecendo?” pensei sozinho, mas senti que eu não deveria me preocupar. Continuamos comemorando, vez ou outra minha mãe me olhava preocupada, enquanto Bruna não tirava os olhos do celular. Quando o dia estava quase amanhecendo, minha irmã se aproximou sentando ao meu lado.

– Pi, você precisa ir no hotel.

– Hotel? Fazer o que em hotel agora? – Perguntei sem entender.

– Tem uma surpresa pra você lá. – Respondeu animada – Anda, vai logo.

– Que surpresa? – Continuei desanimado – Piroca, eu não estou animado pra nada...

– Você vai mesmo deixá-la esperando? – Me olhou cúmplice.

– O que? – Eu não conseguia acreditar que ela estava falando de Alice – Você tá falando sério?

– Vai logo.

Sorri ainda sem acreditar que aquilo estava realmente acontecendo, lhe dei um beijo de agradecimento, chamei Wellington e seguimos para o hotel. “Ela esta mesmo aqui?”, me perguntei o tempo inteiro chegar ao meu destino. Aquilo parecia uma loucura, enquanto eu parecia um adolescente quando encontra seu primeiro amor da escola. Agradeci mentalmente a Deus pelo hotel ser próximo, eu não aguentaria esperar mais. Wellington me deixou no estacionamento, chamei com urgência o elevador, contei os andares sentindo um nervosismo fora do comum. Assim que cheguei ao meu quarto, respirei fundo, era ela, eu conseguia sentir a doçura de seu maravilhoso perfume. Tranquei a porta sem fazer muito barulho, quase corri, até me deparar com a mulher mais linda do mundo na varanda do meu quarto.

– Alice? – Ela não respondeu, apenas se virou me olhando com o seu sorriso mais lindo.

– Amor... – Correu para os meus braços.

– Eu não acredito que você tá aqui. – A abracei com todas as minhas forças.

– Eu não aguento mais ficar longe de você. – Confessou me olhando.

– Então não fique.

Definitivamente, não eram preciso tantas palavras, apenas a beijei com todo o amor que existia dentro de mim. Passamos longos minutos sem falar absolutamente nada, só queríamos sentir a presença do outro, trocar carinhos e beijos apaixonados. Agora eu me sentia completo novamente, aquela sensação boa de ter meu mundo em minhas mãos. Eu não tinha dúvidas de que ela nasceu pra ser unicamente minha, aquela que me amaria para toda a eternidade.

– Você não faz ideia do quanto eu senti sua falta. – Confessei depois de mais um longo beijo – Eu quase enlouqueci.

– Vamos pensar que agora estamos aqui... – Beijou carinhosamente meu rosto.

– Me desculpa por tudo?

– Vamos esquecer tudo o que aconteceu? – Ela pediu me olhando – Vamos recomeçar, sem pensar em absolutamente nada do que aconteceu.

– Começar uma nova história? – Perguntei beijando sua mão.

– Sim. – Me olhou intensamente – Eu não quero nunca mais sair do seu lado. 

– Isso é muito bom. – Sorri a pegando nos braços – Eu quero você, Alice... – A coloquei na cama.

– Eu sou toda sua. – Sorriu me dando total permissão para fazer daquele dia, o melhor de nossas vidas.

Eu a amei, como nunca amei alguém em toda a minha vida, fazendo com que o meu desejo aumentasse a cada milésimo de segundos. Ela era minha mais uma vez, nada mais importava, porque eu a tinha em meus braços naquela linda manhã de ano novo. Passamos horas nos amando, matando toda a saudade que existia entre nós, coisa de alma. Ela estava ainda mais linda, delicada, com aquele seu charme que me deixava completamente louco. Uma, duas, três vezes... Eu acho que nem assim conseguiríamos matar a vontade que sentíamos um do outro. O sol estava quente, assim como nossa cama, nossos corpo, nossos corações.

– Prepara a banheira pra gente? – Ela pediu enquanto tentava recuperar sua respiração.

– Preparo... – Respondi beijando suas costas nuas – Eu te amo tanto!

Antes de preparar nosso banho, fechei as cortinas para que o sol não entrasse com tanta força no nosso quarto. Depois do nosso banho pronto, fui até a cama buscá-la, ela parecia completamente sem forças. Entramos na banheira com todo o cuidado, como sempre ela se encostou no meu peito, tentando procurar uma maneira de relaxar.

– Tudo bem, meu amor?

Perguntei quando ela se virou pra mim, colocando suas pernas ao redor da minha cintura, voltando a se encostar no meu peito. Ela estava sensível, eu a conhecia bem para saber que ela apenas queria um pouco mais de carinho. Acariciei suas costas, até chegar no seu bumbum, fazendo minha menina soltar uma risada gostosa.

– Você está cada dia mais linda. – Confessei fazendo ela me olhar – Ainda mais gostosa.

– Você acha? – Perguntou sapeca, colocando seus braços sobre meu pescoço.

– Eles estão lindos. – Acariciei seus seios fartos – Estão maiores.

Sem responder nada, ela apenas começou a beijar meu pescoço, descendo para o meu peito. Subiu novamente, encontrando minha boca, me beijou tão intensamente que consegui sentir o delicioso sabor de sua alma. Ela era assim, toda intensa, de todas as maneiras que você pode imaginar. Enquanto nos beijávamos, ela desceu sua mão até meu “amigo”, enquanto se contorcia inteira.

– Você quer mais? – Perguntei em seu ouvido.

– Amor... – Me olhou sem jeito – São os hormônios.

Queria deixar aqui meus agradecimentos aos hormônios que fizeram minha mulher se entregar novamente pra mim, agora dentro daquela banheira enorme. Mais uma vez fizemos amor, dessa vez com mais calma, ainda mais cuidado e respeito. Quando chegamos ao ápice, tomamos um banho no chuveiro, enquanto ela dava sinais de que desmaiaria de sono a qualquer momento.

– Vou pedir alguma coisa pra gente comer. – Falei quando ela caiu esparramada na cama – Amor, você precisa se alimentar.

– Está bem, meu amor... – Tentou falar.

– Não vai dormir, hein?

Acabei pedindo um café da manhã bem reforçado, esperamos por quase meia hora, enquanto eu tentava entreter Alice com assuntos banais. Ela acabou comendo praticamente tudo, mas seu sono ainda parecia ser maior que tudo. Passava das 8h00 da manhã quando finalmente conseguimos pegar no sono, ela se acolheu em meus braços, se enrolou até a cabeça e dormiu como uma criança.

(Alice narrando)

Acordei sentindo meu coração dançar dentro de mim, ainda com meus olhos fechados, procurei Luan ao meu lado na cama. Percebi que ele não estava ali, então fui despertando sem muita pressa, olhei para os lados e me lembrei da loucura que fizemos naquele quarto. Eu me sentia profundamente feliz, me sentia completa novamente, nada poderia me fazer mais feliz. Encontrei meu celular no meio dos lençóis desarrumados, olhei as horas e me assustei, eram quase três horas da tarde.

– Amor? – O chamei na esperança dele sair do banheiro, mas ele não estava.

Tentei levantar com calma, procurei um remédio pra dor dentro da minha bolsa, peguei uma água e tomei. Separei uma roupa confortável para vestir, enquanto eu aproveitava para apanhar as outras que estavam espalhadas pelo chão. Tomei um banho frio, tentando colocar meus pensamentos do lugar, tantas coisas passeavam por minha cabeça. Enquanto eu vestia meu roupão macio, escutei o barulho da porta batendo, ouvido logo em seguida a voz do meu amor.

– Vida? – Ele me chamou carinhoso.

– Oi! – Respondi saindo do banheiro – Onde você estava? – O abracei.

– Estava com o pessoal lá embaixo. – Beijou meu queixo – Não quer ir tomar um banho de piscina?

– Quero... – O beijei com todo o meu amor, até que escutamos o barulho da minha barriga roncando.

– Isso foi sua barriga? – Ele perguntou rindo.

– Seu filho reclamando de fome. – Dei de ombros.

– Então vá se trocar. – Falou enquanto eu seguia até minha mala – Vou ligar pro testa pedir logo nosso almoço.

– Esse está bom? – Perguntei mostrando a ele um biquine.

– Só tem essa coisa minúscula?

– Não, tem esse aqui também. – Mostrei agora um maiô lindo que ganhei de Laura.

– Esse aí está bem melhor. – Sorriu me olhando.

Vesti meu maiô com um short, amarrei meu cabelo em um rabo de cabelo, coloquei meus chinelinhos e óculos escuros. Depois de pronta, descemos juntos para a parte externa do hotel, onde encontramos os pais de Luan, Bruna e algumas pessoas da equipe. Cumprimentei todos com muito carinho, porque eu sabia que dessa vez tudo seria diferente, eu me sentia realmente da família. Dona Marizete sempre tão carinhosa, me presenteando com aquele seu abraço de mãe, me disse logo em seguida: “Você faz muito bem a ele, obrigada.” Jamais poderei esquecer aquelas palavras. Seu Amarildo me acolheu maravilhosamente bem, ele entendia o amor que eu sentia por seu filho. Abracei minha cunhada com todas as minhas forças, agradecendo a ela imensamente por sua ajuda na noite passada. Ela era sem dúvidas, uma das pessoas que mais acreditavam no nosso amor, ela lutava por ele. Almoçamos todos juntos, entre conversas e risadas, eu me sentia extremamente confortável ao lado deles. Tomamos mouse de maracujá com chocolate, nos deliciamos na piscina, conversamos sobre bebês e depois voltamos um pouco para a sombra. 

– Tá tudo bem? – Luan perguntou quando eu respirei fundo.

– Estou sentindo um pouco de falta de ar.

– A pressão dela pode ter baixado por conta do calor. – Dona Mari me olhou preocupada.

– É melhor a gente subir, amor. – Luan levantou com pressa.

– Espera... Tá melhorando. – Tentei o tranquilizar.

Luan era insuportavelmente preocupado comigo, coisa que ás vezes até me deixava um pouco irritada, mas eu sabia que era a maneira dele de me cuidar. Subimos, mesmo que eu insistindo que não era preciso. Assim que entramos no quarto, aproveitei para tomar um banho demorado, fazendo a água gelada escorrer sobre meu corpo. Eu definitivamente não me dava muito bem com o calor, ele fazia com que eu me sentisse um verdadeiro sorvete derretido fora da geladeira.

– Está melhor? – Luan perguntou quando terminei meu banho.

– Sim, era só o calor mesmo. – Sorri.

– Tem uma mensagem do seu irmão aqui no seu celular. – Me mostrou – Ele sabe que você está aqui?

– Claro, ele que comprou minha passagem. – Respondi olhando meu celular.

– É sério? – Perguntou surpreso.

– Sim.

– Inacreditável! – Sentou ao meu lado.

– Ele acredita no nosso amor. – Falei ainda respondendo a mensagem de meu irmão – Ele sabe que minha felicidade é você. – O olhei amorosa.

– Eu te amo, sabia?

– E eu te amo ainda mais. – Sorri, enquanto ele me roubava um beijo daqueles.

Enquanto meu menino tomava seu banho, aproveitei pra ligar para Laura, contando a ela tudo o que aconteceu depois que cheguei aqui. Ela soltava aqueles seus famosos gritinhos ao ouvir tudo o que eu dizia, sempre mostrando sua felicidade por nós dois. Eu sabia que ela tinha algo importante a me dizer, mas prometeu que me contaria assim que chegássemos à nossa casa no dia seguinte. Passava das seis horas da noite quando Bruna me chamou para conversar, eu sabia que ela estava realmente precisando de mim.

– Amor, eu estou indo até o quarto de sua irmã. – Falei enquanto ele estava no telefone com alguém.

Ele respondeu apenas com um “tá bom”, não sabia como quem ele estava falando, nem procurei saber. Segui para o quarto da minha cunhada, mas o que eu não sabia, era que uma linda surpresa me esperava horas depois.

Um comentário:

  1. Mds do céu, o q foi esse cap?
    Ai. Meu. Deus. EU TÔ VOMITANDO ARCO-ÍRIS E NÃO SEI COMO EU FAÇO PRA PARAR!!
    Se existe casal mais fofo que esse me apresente. Irei gostar de conhecer.
    Aaaaaaaaaawwwwnnnn
    Meodeus... q cap fofinho,shippo mt!
    ❤️❤️
    Amei
    Amei
    E
    Amei
    😍🎉😘

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