(Capítulo 44 – Recife)

Uma semana depois...

Essa semana passou correndo, setembro chegou me trazendo muitos trabalhos, além de muitas alegrias. Apesar de passar quase a semana inteira sem ver Luan, combinamos de que eu iria viajar com ele no sábado e domingo. Hoje era sexta-feira, eu estava saindo da agência e aproveitei para pegar uma carona com Laura que estava voltando da loja.

– Então quer dizer que você vai com Luan no final de semana? – Ela perguntou quando paramos no sinal.

– Vou sim, quero matar a saudade do meu bichinho. – Sorri a olhando.

– Onde ele está hoje?

– Em Aracaju, aí amanhã eu vou encontrá-lo em Recife.

– Sério? – Perguntou olhando o seu celular – Douglas é insuportável!

– O que foi? – A olhei – Vocês brigaram?

– Pela primeira vez nós tivemos uma briga feia. – Choramingou – Ele é muito incompreensivo.

– Não fala assim, seu namorado é a pessoas mais compreensiva que existe nesse mundo.

– Mas quando ele quer tirar minha paciência, ele sabe fazer muito bem esse papel.

– O que aconteceu?

– Você acredita que ele implicou com o Otávio?

– Que Otávio?

– O representante que sempre passa lá na loja.

– Mas com toda razão, porque aquele homem é lindo demais. – A olhei rindo – Qualquer namorado ficaria com ciúmes.

– Ele gritou comigo, disse que eu deveria aprender a tratar as pessoas com profissionalismo. – Me olhou indignada.

– Tenha paciência com ele, vocês se amam.

– Eu o amo, mas não vou aguentar isso.

Laura foi o percurso inteiro resmungando, mas eu sabia que logo eles fariam as pazes e voltariam a se amar como antes. Ao chegarmos no nosso condomínio, Laura estacionou o carro ainda resmungando, mas parou ao receber uma mensagem de Douglas. Pedimos nosso jantar de um restaurante japonês, enquanto eu começava a arrumar minhas coisas em uma mala pequena para o dia seguinte.

– Vamos jantar? – Laura entrou no meu quarto – Amanhã você termina de arrumar essas coisas.

– Conversou com Douglas? – Perguntei seguindo com ela para a cozinha.

– Ele disse que vem aqui amanhã pra gente conversar.

– Então é bom que vocês se entendam logo. – Comecei a me servir – Porque não quero meu casal separado.

Jantamos enquanto Laura não parava de reclamar, uma hora amava Douglas, outra odiava e assim continuou por toda a nossa noite. Quando terminamos, organizei a cozinha com Laura, conversei com minha mãe por mensagem e voltei para o meu quarto. Separei minhas coisas para guardar na mala, escolhi uma roupa quentinha e tomei um banho demorado. Antes de dormir, troquei algumas mensagens com Luan e avisei que estava tudo pronto para o dia seguinte. Enquanto conversávamos, acabei pegando num sono profundo, eu estava me sentindo exausta e tudo o que eu precisava era de uma longa noite de descanso. Acordei no dia seguinte com o sol tomando todo o meu quarto, meu celular começou a tocar, mas era apenas o despertador lembrando que estava na hora de levantar. Senti o cheiro de um café fresco, coloquei minhas pantufas, amarrei meu cabelo e segui para a cozinha.

– Bom dia, Laurinha! – A abracei carinhosamente – Fazendo café?

– Bom dia! – Beijou meu rosto – Você sabe que eu amo fazer café!

– E bolo? – Perguntei quando ela tirou o bolo do forno – Você acordou prendada hoje, hem?

– Sempre fui prendada. – Sorriu.

– Hoje você está mais. – Começamos a nos servir.

– Que horas você vai sair daqui? – Perguntou de boca cheia.

– Daqui uma hora e meia. – Olhei meu celular – Vou só terminar de organizar minhas coisas e me arrumar.

– Vou te deixar.

– Vai?

– Sim, aí aproveito pra passar na loja.

Depois de terminar nosso café, deixamos a cozinha toda limpinha, eu voltei para o meu quarto e comecei a me arrumar. Olhei minha mala pela milésima vez, constatando que eu não estava esquecendo absolutamente nada para esses dois dias longe de casa. Separei minha roupa, minhas sapatilhas, tomei um banho e depois de quarenta minutos eu estava pronta. Mandei uma mensagem para Luan avisando que eu estava saindo de casa, ele apenas respondeu com um “Estou te esperando, beijo.” Então levei minha mala para a sala, onde encontrei Laura mandando mensagens para alguém, mas logo me olhou como se estivesse perguntando se eu estava pronta.

– Vamos? – Perguntei tomando um pouco de água.

Durante o percurso até o aeroporto, conversei com minha mãe por mensagens e ela estava mais animada que eu em relação ao meu relacionamento com Luan. Ela era uma das poucas pessoas que acreditavam em nós dois, no quanto éramos fortes, mas principalmente no quanto nos amávamos a ponto de enfrentar todas as dificuldades. Eu sinceramente não sabia onde isso daria, mas eu queria ir bem mais além do que me era permitido. Quando chegamos ao aeroporto, Laura me deixou na porta da sala de embarque e me fez centenas de recomendações.

– Se cuida, tá? – Me abraçou forte – Você volta na segunda?

– Sim, na segunda. – A abracei ainda mais forte – E não se preocupe, eu vou me cuidar.

– Você me liga quando chegar lá?

– Eu ligo sim.

Depois de ouvir mais algumas recomendações de Laura, receber mais alguns abraços e aguentar uma senhora muito mal humorada tomar minha frente, me despedi de minha prima e entrei na sala de embarque. Não demorou muito e eu estava dentro do avião que me levaria para os braços do meu amor. Tentei relaxar naquela poltrona, coloquei meus fones de ouvido, fechei meus olhos e esperei ansiosa que chegássemos logo naquela cidade linda. Tudo aquilo parecia um sonho, eu realmente não imaginei que as coisas chegariam a esse ponto, que um dia eu estaria dentro de um avião indo ao encontro daquele homem maravilhoso. A vida realmente é uma caixinha de surpresa, você precisa alimentar seus sonhos todos os dias e ser perseverante para não desistir. Você nunca sabe o que pode acontecer amanhã, nunca sabe se algo pode mudar aqui dentro. Continuei perdida em meus pensamentos, até que depois de quase cinco horas, finalmente coloquei meus pés em Recife. Peguei minha mala, mandei uma mensagem para Luan e ele me avisou que Claudio estava me esperando. Uma senhora linda se aproximou me pedindo para que eu a acompanhasse até a sala de desembarque e assim nós seguimos juntas. Chegando lá ela encontrou seu filho que me agradeceu imensamente, enquanto senti alguém tocando meu ombro.  

– Alice? – Claudio se aproximou – Vamos?

– Oi, Claudio! – Sorri – Faz tempo que você está me esperando?

– Um pouco, mas não importa. – Falou simpático segurando minha mala.

Seguimos para o estacionamento, ele colocou minha pequena mala no banco de trás, enquanto eu sentei ao seu lado na frente. Começamos a conversar, ele me mostrou alguns pontos turísticos de Recife, disse que Luan estava dando uma entrevista em uma rádio e que pediu que ele me levasse direto para o hotel. Recife era uma cidade encantadoramente linda, com certeza nós não teríamos tempo de nem sequer sair do hotel, mas eu gostaria de um dia passear por aquele lugar. Chegamos ao hotel depois de mais ou menos uns quarenta minutos, entramos direto pelo estacionamento e lá mesmo entramos no elevador que nos levaria para o nosso andar. Ele me deixou na porta do quarto de Luan, colocou minha mala próxima a uma poltrona e pediu que eu ligasse caso precisasse de algo. Eu o agradeci com todo o meu coração, olhei aquele quarto lindo, segui até a varanda e sorri ao me deparar com aquela vista. A praia estava bem ali aos meus pés, as ondas passeavam perfeitamente por toda a areia. O vento bagunçava meus cabelos, fazia um carinho bom em meu rosto, me causando um arrepio na espinha. Voltei para o quarto, peguei uma camisa de Luan que estava jogada na cama e a abracei, sentindo o seu cheiro impregnado ali. Coloquei minha mala mais próxima da cama, peguei o carregador do meu celular e fiquei quietinha ali esperando que Luan chegasse. Mandei uma mensagem para Laura avisando que eu já estava no hotel, aproveitei também para falar com mamãe e ela estava animada com o aniversário de sua afilhada. Depois de quase uma hora, eu estava saindo do banheiro quando escutei o barulho da porta e corri para ver quem era.

– Amor? – Luan me chamou quase gritando.

– Oi! – O olhei com um sorriso lindo no rosto – Está me procurando? – Ele abriu os braços, me dando total liberdade para me jogar e nunca mais sair daquele lugar sagrado – Eu estava morrendo de saudade... – O abracei ainda mais forte.  

Ele não disse absolutamente nada, nem era preciso naquele momento, tudo o que eu mais queria era que ele me beijasse com todo o seu amor. E assim ele fez, coloquei minhas pernas ao redor de sua cintura e senti seus lábios macios tomarem os meus.

– Chegou bem? – Perguntou me colocando no chão – Claudio cuidou bem de você?

– Sim. – Beijei seu rosto – E sim.

– Sentiu mesmo minha falta? – Sentou na cama e me puxou para que eu sentasse no seu colo.

– Como eu poderia não sentir? – Arrumei seu cabelo – Você sentiu a minha?

– Eu estava quase enlouquecendo. – Confessou em meu ouvido. – Estava prestes a voltar pra São Paulo.

– Você não faria isso. – Sorri o olhando.

– Você ainda duvida? – Me olhou sério – Qual a parte do “eu sou louco por você” que você ainda não entendeu?

– Isso te faz ter vontade de estar comigo o tempo inteiro? – Perguntei tímida.

– Sim, assim como me faz sentir o triplo de saudade quando estamos longe. – Beijou o canto da minha boca – Não queria te largar mais.

E então ele me beijou mais uma vez, fazendo com que toda a saudade se afastasse de nós dois, nos trazendo todo o amor necessário para nos fortalecer ainda mais. Continuamos namorando por longos minutos, tomamos um banho juntos, conversamos sobre bobagens e pedimos algo pra comer.

– Que horas começa seu show?

– Acho que umas dez horas. – Respondeu de boca cheia – Mas vamos sair daqui mais cedo.

– Umas seis? – Perguntei limpando o cantinho de sua boca.

– Acho que mais ou menos esse horário aí.

Enquanto terminávamos de comer, Luan me contou sobre seu show da noite anterior, dos presentes que ganhou. Ele contou sobre um fã especial que entrou no camarim, que sentiu uma emoção muito grande ao poder abraçar aquele rapaz. Luan era muito precioso, tinha um coração enorme e sempre estava disposto a ver o lado bom das pessoas.

– Vamos deitar um pouquinho? – Perguntou quando estávamos na varanda – Ainda temos um tempinho livre antes do show.

– Você está cansado? – Perguntei enquanto ele me puxava para a cama.

– Só um pouquinho.

– E como você consegue fazer um show assim? – Perguntei fazendo carinho em seu cabelo.

– Eu só preciso de meia hora de descanso para me sentir novo. – Cheirou meu pescoço – Mas com você aqui, não sei se vou querer sair dessa cama hoje.

– Não fala assim... – Senti um arrepio tomar meu corpo.

Enquanto eu fazia carinho, ele acabou cochilando por longos minutos, me fazendo conversar sozinha. Eu tinha vontade de cuidar de Luan, me sentia responsável por ele o tempo inteiro, por seu bem estar. Eu orava a Deus na intenção de me fazer continuar digna desse amor, digna de estar ao lado dele. 

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Oi, amores!!!!! Tudo bem com vocês? Peço desculpas por minha ausência durante essa semana, mas infelizmente eu estou em tratamento contra a chikungunya e não estava conseguindo passar muito tempo no computador. Graças a Deus eu já estou bem melhor, ainda sinto algumas dores de vez em quando, mas minha recuperação está sendo rápida. E o que vocês estão achando da fanfic? Alguma sugestão? O que vocês acham que vai acontecer daqui pra frente com o nosso casal? Fico no aguardo dos comentários aqui e lá no grupo, tá? Beijos, obrigada pela compreensão e paciência de vocês!