Segui
com Bruna até o bar, onde Luan estava acompanhado dos amigos. Laura e Douglas
vieram logo atrás e tentaram nos ajudar com ele, que parecia pior do que
imaginávamos.
–
Alice... Vem cá amor... – Tentava falar – Vem aqui comigo.
–
Vamos tirar ele daqui. – Olhei pedindo ajuda aos meninos.
–
Alice... Eu te amo, Alice... – Apoiou seu braço em meu ombro – Você acredita em
mim? – O olhei tentando tirar um pouco de verdade das suas palavras – Você
acredita em mim, amor?
–
Fica quieto, por favor!
–
Por que você não acredita em mim? – Segurou meu rosto com as duas mãos –
Você... Você precisa acreditar em mim.
–
Vem comigo, vem.
Tentamos
tirar ele dali sem chamar muito atenção, seguimos todos para o estacionamento e
lá Rober pegou o carro que eles estavam. Com muito custo colocamos Luan dentro
do carro, mas claro que eu tive que entrar junto ou ele não iria sossegar.
Rober foi dirigindo, Bruna com ele no banco do passageiro, enquanto eu e Luan
estávamos atrás. Douglas, Laura e Marquinhos nos seguiram em outro carro e
assim partimos para a casa de Luan.
–
Sorte a sua que meus pais não estão em casa. – Bruna falou olhando Luan.
–
Alice, olha pra mim. – Pediu segurando meu rosto – Eu te amo... Você me
desculpa?
–
Você está bêbado, não sabe o que tá falando. – Coloquei sua cabeça em minhas
pernas – Só quero que você fique quieto até chegarmos à sua casa.
–
Você me ama? – Levantou sua cabeça novamente – Me ama? Você acredita em mim? –
Ele me olhava com uma carinha que partia completamente meu coração.
–
Eu te amo... – Beijei seu rosto – Mas agora fica quietinho. – Ele sorriu,
beijou o canto da minha boca e deitou com sua cabeça em minhas pernas.
Enquanto
Rober dirigia atendo, Bruna mandava mensagem para alguém e Luan conversava com
o nada, falando coisas completamente sem nexo. Ele tinha o cheiro muito forte
de bebida, mas aquilo pouco me importava, eu só queria poder chegar logo e
cuidar dele. Comecei a fazer um carinho bom em seus cabelos, fazendo ele se
revirar um pouco, mas sossegou quando colocou seu rosto encostado de minha
barriga. Ele fechou os olhos, começou a cantarolar e me olhou por alguns
segundos, fazendo meu sorriso mais lindo aparecer. Só ele me causava aquela
sensação boa de proteção e profundo amor, só ele me completava e me permitia
ser quem eu verdadeiramente sou ao seu lado.
–
Amor... – Levantou a cabeça me assustando um pouco – Eu acho que vou vomitar.
–
Não, Luan! – Segurei seu rosto – Aguenta mais um pouquinho, por favor!
–
Estamos chegando, Pi! – Bruna o olhou – Tem como aguentar?
–
É melhor ficar deitado ou sentado? – Ele me olhou meio confuso – Para o carro,
Rober! – Arrumei seu cabelo – Você tá bem?
–
Estou sentindo uma tontura... – Espremeu os olhos – Quero ir pra casa.
–
Nós estamos indo. – Ele apenas concordou colocando sua cabeça em meu ombro.
Rober
voltou a dirigir, continuei fazendo carinho em seus cabelos e em menos de vinte
minutos nós entramos no condomínio. Logo o carro de Douglas estacionou ao nosso
lado e os meninos me ajudaram a entrar com Luan. Ele estava tonto, continuava
falando coisas sem nexo e não parava de apertar minha mão. Subimos com ele o
tempo inteiro reclamando, os meninos as vezes riam e por outras brigavam com
ele, me fazendo rir daquela situação. Entramos no quarto, ele sentou na cama e
me olhou espremendo os olhinhos, como se soubesse que eu iria discutir por tudo
o que ele estava me fazendo passar.
–
Vocês podem me ajudar a colocar ele no chuveiro? – Os três concordaram e assim
fizemos.
Tiramos
a roupa dele com muita dificuldade, deixando apenas de cueca, acompanhado de
uma cara de poucos amigos. Colocamos embaixo do chuveiro, mesmo ele quase se
esperneando, mas conseguimos afastar um pouco da bebida. O enrolei com seu
roupão, ele caminhou devagar até a cama e ali ficou sem falar absolutamente nada.
–
Podem ir, meninos. – Olhei os três – Eu cuido dele.
–
Tem certeza? – Douglas perguntou – Qualquer coisa estamos lá embaixo, tá? –
Apenas concordei com a cabeça e eles saíram fechando a porta.
Olhei
Luan e ele continuava na mesma posição, sentado, de cabeça baixa, talvez
tentando digerir tudo o que está acontecendo. Com todo cuidado fui me
aproximando, ele levantou a cabeça e me olhou intensamente, como se quisesse me
dizer algo através do olhar.
–
O que é que eu faço com você? – Ele estava tremendo de frio – Como é que você
faz uma coisa dessas?
–
Amor... – Me olhou colocando a mão na boca – Eu tenho que... – E assim ele
correu para o banheiro.
Ele
trancou a porta, mas eu sabia que ele estava passando muito mal, sabia que
estava colocando toda a bebida pra fora e isso faria muito bem a ele. Tentei
controlar minha preocupação, fui até o seu closet, peguei uma calça de moletom
e uma camisa branca para que ele pudesse vestir. Voltei até o banheiro e ele
ainda continuava lá, mas agora não tinha mais nenhum barulho.
–
Luan? Você tá bem? – Bati na porta – Precisa de ajuda? – Depois de quase dois
minutos, ele destrancou a porta e saiu com o rostinho vermelho – Veste essa
roupa. – O entreguei – Fica quietinho aqui que eu já volto.
–
Pra onde você vai? – Segurou meu braço – Não vai embora.
–
Eu só vou buscar um remédio pra você. – Soltei meu braço com cuidado – Não vou
demorar. – Sai enquanto ele me olhava.
Desci
encontrando Bruna, Laura, Douglas e Marquinhos conversando animadamente na
sala. Eles me olharam com carinho, eu sabia que eu poderia contar com cada um
deles, mas naquele momento era de mim que Luan precisava.
–
Como ele tá? – Laura perguntou se aproximando.
–
Não está muito bem. – Respirei fundo – Mas eu vou levar um remédio e fazer um
chá para que ele melhore logo.
–
Quer que a gente fique aqui com você? – Douglas perguntou.
–
É melhor você levar a Laura pra casa. – O olhei sorrindo – Eu vou ficar aqui
com ele.
–
Qualquer coisa você me liga? – Laura segurou minha mão.
–
Ligo sim. – A abracei – Agora vai descansar.
Eles
se despediram de todos, entraram no carro e partiram pra casa, enquanto
Marquinhos e Rober dormiriam com a gente naquela noite. Segui para a cozinha,
pedi que Bruna me ajudasse com um remédio para Luan e assim ela fez.
–
Nem sei como te agradecer por você ficar com a gente. – Ela me olhou carinhosa –
Olha, esse remédio é ótimo.
–
Não tem que me agradecer. – Peguei o remédio de sua mão – Eu estou fazendo isso
por mim também.
–
Você o ama muito, né? – Perguntou me olhando.
–
Adiantaria eu dizer que não?
–
Não, porque tá escrito na sua testa. – Começou a rir – Ele é um idiota por ter
feito tudo isso, mas ele sabe lutar por aquilo que ele quer.
–
Ele realmente é um idiota, porque me fazer cuidar de gente bêbada. – Começamos a
rir – Vamos colocar essa água no fogo.
Já
passava das 4h da manhã, enquanto eu terminava o chá, conversei com Bruna sobre
nossa noite e ela só conseguia rir de tudo o que aconteceu. Peguei o remédio no
balcão, coloquei o chá em uma caneca grande e subi para o quarto de Luan.
Quando entrei, ele continuava sentado na cama, com o rostinho ainda vermelho,
fazendo algumas caretas e falando baixinho. Só quando sentei ao seu lado que
ele percebeu minha presença, me olhou como se estivesse pedindo socorro e
arrumou meu cabelo.
–
Toma esse remédio. – O entreguei – E toma esse chá também.
–
Que é isso? – Fez careta me olhando.
–
É um chá com ervas medicinais, ele vai fazer você se sentir novo. – Ele tomou
sem reclamar muito.
–
Tá bom? – Perguntei fazendo carinho em seu rosto.
–
É forte, mas é bom. – Tomou mais um pouco – Arde na garganta. – Falou fazendo
careta e foi impossível não rir do seu jeito lindo – Pronto. – Me entregou a
caneca.
–
Agora deita um pouco. – O ajudei – Você precisa descansar.
–
Você vai ficar aqui comigo? – Perguntou deitando na cama.
–
Vou, mas preciso ir ao quarto de Bruna.
–
Você volta logo?
–
Volto. – Beijei seu rosto – É rapidinho.
Enquanto
eu seguia para o quarto de Bruna, ele me olhava com uma carinha tão linda, que
minha vontade era ficar ali com ele pra sempre. Pedi a ela uma roupa emprestada
para que eu pudesse dormir, enquanto isso nós duas assistíamos a um vídeo que
ela descobriu na internet. Aproveitei para tomar um banho ali mesmo no seu
banheiro, tentei relaxar um pouco, mas meus olhos pesavam e meu corpo pedia
socorro. O dia já estava quase amanhecendo quando finalmente eu consegui
respirar, voltei para o quarto de Luan e ele continuava deitado sem nem mexer
um dedo.
–
Pensei que tivesse ido embora. – Falou baixo – Deita aqui comigo? – Deitei um
pouco afastada, mas ele me puxou pela cintura, colando completamente nossos
corpos – Melhor assim. – Ficamos um de frente para o outro – Senti saudade do
seu cheiro. – Cheirou meu pescoço.
–
Será que amanhã você vai se lembrar de pelo menos metade de tudo o que me disse
essa noite? – Perguntei colocando seu cabelo para trás.
–
Eu vou me lembrar de tudo. – Fechou os olhos sentindo os meus carinhos.
–
Então agora vamos dormir. – Beijei a pontinha do seu nariz.
–
Você promete que não vai embora amanhã cedo? – Perguntou ainda com os olhos fechados
– Hem, amor?
–
Prometo que eu não vou embora cedo.
–
Então boa noite... – Falou com um pouco de dificuldade.
Não
respondi, apenas o olhei com admiração e amor, porque era isso e muito mais o
que eu sentia por aquele homem que estava bem na minha frente. Continuei
fazendo carinho em seus cabelos, enquanto eu pedia baixinho a Deus que não me
tirasse Luan. Queria dormir com a certeza de que no dia seguinte ele estaria
disposto a continuar ao meu lado. “Eu te amo, meu bem.”
Ah, bonitinho ela cuidando dele e ele dizendo que a ama sz
ResponderExcluirA não q lindos, sério melhor casal ❤
ResponderExcluirQue capítulo!!! Amém casal maravilhoso 💓💕
ResponderExcluirMuito amor envolvido nesse capitulo meu deus sz sz sz.
ResponderExcluirGaby
Perdoaaa eleee!💜
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