terça-feira, 3 de outubro de 2017

(Capítulo 57 – Morrendo de saudade)

Acordei com meu celular despertando, ainda um pouco tonta de sono, tentei levantar e tomar um banho frio para acordar de uma vez por todas. Coloquei uma roupa confortável para o trabalho, senti o cheirinho da comida de Maria e segui para a cozinha, onde a encontrei com Laura.

– Bom dia! – Sentei tentando acordar.

– Bom dia? – Laura me olhou rindo – Já é quase boa tarde, meu amor!

– Toma aqui esse café quentinho. – Maria me serviu com minha caneca cheia de café.

– Maria, você é um anjo. – A agradeci sorrindo.

– Chegou que horas? – Laura perguntou.

– Acho que era 05h30. 

– Você sabia que ela estava viajando com o Luan, Maria? – Começou a fazer graça.

– Quando vai sair o casamento, Alice?

– Que casamento, gente? – Olhei as duas que riam de mim – Vocês estão loucas?

– Ué, só estamos sendo verdadeiras. – Laura começou a rir – Só vive agora acompanhando o namorado, cheia dos amores.

– É verdade, ainda estou esperando você me levar no show dele. – Maria falou me servindo alguns bolinhos.

– E eu não esqueci. – A olhei – Vai ter show aqui na próxima semana, você quer ir? – Ela me olhou sorridente.

– Vai me levar mesmo? – Apenas concordei saboreando seus bolinhos.

– Tudo por você, minha Maria. – Dei um beijo em seu rosto.

– Vai trabalhar ainda hoje? – Laura perguntou olhando o celular.

– Sim, tenho umas coisas pra resolver lá na agência.

E assim meu dia passou rápido, trabalhei muito, ocupei bastante minha mente e aproveitei para colocar algumas coisas no lugar. Conversei um pouco com Sthé e Mari, falamos sobre Luan, sobre toda essa loucura que minha vida estava se tornando por tê-lo ao meu lado. Recebi a ligação da minha mãe, conversamos por horas, ela disse que estava morrendo de saudade e que tentaria me fazer uma visita. Resolvi alguns problemas com Bruno, deixei outros trabalhos já quase fechados para o dia seguinte e quando eu estava voltando pra casa, recebi a ligação de Luan.

– Oi, amorzinho! – Atendi enquanto esperava meu táxi.

– Já está em casa? – Perguntou calmo.

– Ainda não, estou saindo da agência.

– Essa hora?

– Pois é, tive que fazer hora extra. – Comecei a rir – Acordou agora?

– Sim, faz pouco tempo. – Respondeu calmo.

– Tá tudo bem?

– Sim, mas preciso te falar algo.

– O que?

– Eu estou morrendo de saudade. – Confessou tristonho.

– Já? – Perguntei rindo – Amor, você me deixou em casa hoje.

– O que é que tem? Isso só prova que eu não consigo viver sem você. – Sorri com sua confissão.

– Quer ir dormir lá em casa? – Perguntei calma.

– Não vou te atrapalhar?

– Não, mas amanhã cedo tenho que está de pé.

– Fica aí, eu vou te buscar.

– Tá bom, eu estou esperando.

E assim eu esperei Luan chegar, perdida em meus pensamentos, tentando compreender esse sentimento tão bonito que nós dois sentíamos um pelo outro. A cada dia as coisas se tornavam ainda mais sérias entre a gente, meu amor por Luan só aumentava, aquela vontade louca de tê-lo comigo o tempo inteiro. Era uma dependência muito grande, coisa que eu só tinha com Vicente, coisa que eu jamais imaginei sentir por outra pessoa. Enquanto eu continuei com meus pensamentos, Luan chegou dirigindo seu carro, ele buzinou três vezes e eu corri ao seu encontro. Abri a porta dando de cara com o homem que eu amo, aquele que me traz felicidade e muita segurança.

– Demorei? – Perguntou cheirando meu pescoço.

– Não, até que chegou rápido. – Segurei seu rosto – Eu também já estava morrendo de saudade. – E assim selei nossos lábios em um beijo extremamente bom.

Enquanto Luan dirigia, mandei uma mensagem para Laura, avisei que Luan estava indo comigo e que levaríamos um jantar especial. Coloquei uma música pra gente ouvir, olhei minhas redes sociais e me assustei ao ouvir o celular de Luan tocando alto.

– Amor, atende pra mim? – Pediu me entregando o celular.

– Alô? – Atendi, era um número desconhecido.

– Quem está falando? – Era uma mulher.

– Com quem você gostaria de falar? – Perguntei séria.

– É o telefone do Luan? – Perguntou bem arrogante.

– Sim, mas ele não pode atender agora.

– Avisa que a Laís ligou? Pede pra ele me retornar assim que possível, por favor!

– Mais alguma coisa? – Perguntei ainda séria.

– Não, obrigada! – Desliguei o celular sem nem responder nada.

– Quem era? – Perguntou sem entender. 

– Laís!

– Quem?

– Você não ouviu? – Perguntei grossa.

– Amor, eu não conheço nenhuma Laís.

– Mas ela parece te conhecer muito bem. – O olhei.

– Alice, todo mundo me conhece. – Falou como se fosse óbvio.

– Ela pediu que você a retornasse assim que possível. – E então, Luan parou o carro, pegou o celular e olhou suas ligações.

– Vou retornar. – O olhei incrédula – Alô? – Assim que a pessoa atendeu, ele colocou para que eu escutasse também.

– Oi, Luan?

– Quem é?

– Laís, do ensaio que fizemos juntos no Rio. – Respondeu toda boba.

– Ensaio? – Ele perguntou confuso.

– O ensaio para aquela marca de óculos. – E então lembrei que Luan fez um ensaio fotográfico para uma marca de óculos de sol e essa tal Laís era a menina que o acompanhou nas fotos.

– Ah, claro... – Me olhou sem entender – Como você conseguiu meu número? – Perguntou sem pensar.

– Com uma pessoa da sua equipe, eu dei uma desculpa. – Soltou uma risada.

– No que posso ajudar, Laís?

– Bom, eu queria saber se você está aqui no Rio.

– Não, eu estou em São Paulo.

– Sério? Que pena, eu gostaria muito de te encontrar. – Ele me olhou segurando o riso – Eu te liguei agora pouco, acho que foi sua assessora que atendeu.

– Não, foi minha namorada. – Respondeu me surpreendendo mais uma vez, passando toda segurança em suas palavras.

– Namorada? – Perguntou decepcionada – Eu... Eu não sabia que você tinha namorada.

– Laís, será que poderíamos conversar outra hora? – Perguntou me olhando – Eu estou dirigindo agora.

– Claro, eu... Desculpa tá te incomodando. – Falou gaguejando – E peça desculpa a sua namorada, eu realmente não sabia.

– Imagina, beijo! – Ela nem sequer respondeu, apenas desligou na nossa cara.

– Você é louco? – O olhei ainda incrédula com sua atitude.

– Eu falei que não conhecia nenhuma Laís. – Respondeu beijando meu rosto – Você precisa confiar mais em mim. – Voltou a dirigir.

– Desculpa... – O olhei suplicante – Se você quiser, pode desistir de mim. – E então ele freou o carro com tudo.

– Você tá louca? – Perguntou me olhando.

– Quer nos matar, Luan? – Me assustei com a maneira em que ele parou o carro.

– Você que quer me matar com essa conversa. – Negou com a cabeça.

– Você me ama? – Me aproximei colocando meus braços ao redor de seu pescoço.

– Amo muito! – Mordeu meu queixo.

– Vamos pra casa. – E o beijei com carinho.

E assim ele voltou a dirigir, passamos em um restaurante japonês, fiz o pedido do nosso jantar e em menos de 20 minutos, estávamos a caminho do meu condomínio. Luan cantava durante o percurso, me olhava vez ou outra e voltava sua atenção para a estrada. Quando chegamos, pegamos nosso jantar, cumprimentamos o porteiro e subimos para o meu apartamento.

– Boa noite! – Entramos encontrando Laura estendida no sofá.

– Boa noite, Casal! – Sorriu nos olhando – Tudo bom, Luan? – O olhou simpática.

– Tudo, Laurinha! – Sentou ao seu lado – E contigo?

– Estou com fome. – Fez cara de tédio.

– Então venha comer, que aqui está a solução dos seus problemas. – A chamei da cozinha.

Jantamos os três juntos, brincando, conversando, nos divertindo como nunca aconteceu antes. Luan e Laura se davam super bem, eles conversavam como se fossem velhos amigos e isso enchia meu coração de felicidade. Conversamos sobre o namoro de Laura e Douglas, Luan contou alguns podres de seu amigo, da amizade dos dois e nos fez rir bastante. Depois de um longo tempo na presença dos amores da minha vida, senti meus olhos pesarem, então decidimos todos nos recolher. Enquanto Luan atendia a ligação de sua mãe, aproveitei para tomar um banho demorado e bem quente. Quando sai do banheiro, ele estava deitado na cama olhando seu celular, soltei meu cabelo, vesti meu casaco e engatinhei até ele.

– Vamos dormir agarradinhos? – Colei nossos corpos, colocando minha cabeça em seu peito e entrelaçando minhas pernas nas dele.

– Bem agarradinhos. – Colocou seu celular na mesinha e me apertou ainda mais em seus braços.

Enquanto Luan continuou com os carinhos, fiquei pensando em tudo o que estava acontecendo entre nós dois. As coisas estavam indo bem, tudo estava seguindo um caminho bom, que eu gostava muito e queria continuar. Luan era apaixonante demais, ele me tratava com tanto amor e respeito, coisa que só Vicente sabia fazer. Ele me cuidava, me protegia, me ensinava a ser uma pessoa melhor a cada dia, nada poderia me fazer mais feliz.

– No que você tá pensando? – Perguntou depois de um tempo calado.

– Em como eu te amo. – Respondi o olhando.

– E você me ama muito? – Fez carinho em meu rosto.

– Sim, mais do que eu imaginei um dia amar alguém.

– Gostou da música que eu cantei ontem pra você? – Perguntou calmo.

– E como eu poderia não gostar? – Cheirei seu pescoço – Você é o melhor... – Pausei tentando encontrar a palavra certa.

– O melhor o que? – Perguntou segurando meu rosto.

– Tudo o que você é pra mim. – Respondi sem jeito.

– E o que eu sou pra você? – Perguntou sério.

– Você é meu amigo, meu namorado, meu marido, meu homem. – Beijava seu rosto enquanto fui falando aos sussurros – De todas as maneiras.

– Tudo isso? – Perguntou me apertando ainda mais em seus braços.

– Eu te amo tanto, Luan... – O olhei séria – Amo tanto que não cabe dentro de mim.

E assim ele me beijou, como nunca antes, com uma vontade enorme de sentir todo o meu amor. Passamos longos minutos sentindo um o carinho do outro, Luan cantou pra mim novamente, me aninhou em seus braços e me fez dormir, sentindo a melhor sensação e me sentindo a mulher mais feliz do mundo. 

Um comentário:

  1. como e que a gnt faz pra n amar cada dia a mais um casal desses haha.e essa atitude lindinha de luan de dizer q alice e sua namorada,ate entao ele n mentiu so estou esperando anciosa o dia que luan vai fzr um pedido lindinho digno de alice para pedir ela em namoro e assumir esse amor pro brasill haha.

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