“E aí veio
você, todo errado, cheio de charme, com esse sorriso que desmonta qualquer
pessoa. Fazendo-me ultrapassar meus limites, fazer tudo o que sempre achei
impossível. Fazendo-me mudar, pensar outra vez e largar o orgulho de lado. E o
pior de todos os efeitos sobre mim é que eu não consigo fugir, eu não consigo
dizer não.”
Continuamos
ali por longos minutos, logo Laura e Douglas se juntaram a nós e continuamos
aproveitando nossa noite. Vez ou outra Luan me roubava um beijo ou me fazia um
carinho, ele era romântico, guardava um misto de vontade e cuidado em seu
olhar. Depois de conversas, beijos, algumas dançinhas e brincadeiras, pedi
outra bebida e comecei a me animar um pouco.
– Acho que
já deu por aqui... – Tomou o copo da minha mão – Laura disse que você é fraca
pra bebida.
– Mas eu não
estou bêbada. – Coloquei meus braços ao redor de seu pescoço – Eu estou ótima.
– Tem
certeza? – Segurou forte minha cintura, colando completamente nossos corpos –
Quantos dedos têm aqui? – Mostrou dois dedos de sua mão.
– Cinco? –
Fingi segurando o riso – Não, espera... – Segurei novamente – São quatro.
– Pelo amor
de Deus, Alice! – Olhou-me serrando os olhos – Você não está bêbada.
– Então por
que você perguntou?
– Por
precaução. – Segurou-me com mais firmeza – Não quero me aproveitar de uma
bêbada.
– Você é
ridículo. – Ri sentindo seus beijos em meu pescoço – Para com isso.
– Por quê? É
esse seu ponto fraco? – Mordeu os lábios.
– Porque aí
sim eu vou dizer que você está se aproveitando de mim.
– E eu
estou? – Olhou-me com os olhos brilhando – Quer dizer que você também não quer?
É isso mesmo que eu estou entendendo? Porque se for... – Ameaçou me largar, mas
o interrompi.
– Não, Luan!
– Olhei em seus olhos – Eu quero.
Nada mais
foi dito, ele apenas me beijou, com uma intensidade de tirar o fôlego. Tínhamos
uma ligação tão forte, que entendíamos o que o outro queria ou esperava, era
algo intenso e cheio de mistérios. Seu beijo era quente e tinha um gosto muito
bom, tinha alguma coisa ali que não me permitia sair, me afastar era algo impossível
de acontecer. Por um momento ele desfez o beijo, parecia insatisfeito, queria
sempre mais, com ainda mais intensidade. Apenas me puxou pela mão, colocou meu
copo em uma das mesas mais próximas e me levou para o lugar mais isolado do
camarote. Encostou-me sobre a parede e me beijou com ainda mais vontade, sem
tirar suas mãos ágeis da minha cintura. Aquilo tudo parecia não ter fim, quanto
mais ele me beijava, mais a vontade aumentava.
– Não sei o
que tá acontecendo comigo, mas existe alguma coisa em você que me prende... –
Falou ofegante, após interrompermos o beijo por falta de ar – Vamos sair daqui?
– Pediu encostando nossas testas – Eu não estou aguentando mais continuar
assim.
– Vamos. –
Falei com toda certeza do meu coração.
Ele me olhou
com cumplicidade, beijou meus lábios com toda suavidade, mas existia em seu
olhar um desejo profundo. Como não vi Laura, apenas mandei uma mensagem
avisando que eu estava saindo com Luan, que ela não se preocupasse e que logo
eu ligaria para dar notícias. Rapidamente Luan falou com um de seus seguranças,
pediu a chave do carro e disse que estava indo comigo para o hotel. Fiquei um
pouco envergonhada com o olhar do rapaz sobre mim, com certeza isso deve
acontecer sempre, com tantas outras. Mas eu não queria pensar em absolutamente
nada que me tirasse dele, mesmo que depois eu me arrependesse ou me sentisse a
pior pessoa do mundo por fazer isso, mas meu coração suplicava para que eu
prosseguisse. Deixamos o clube sem que ninguém percebesse, enquanto Luan
dirigia, ele me olhava ou segurava minha mão, beijando logo em seguida. Por um
momento me veio algumas lembranças de Vicente, a simplicidade em seu olhar, a
maneira como ele conversava ou até segurava com tanta delicadeza minha mão. Não
demorou muito para que Luan parasse no estacionamento do hotel, quase não tinha
movimento, o que facilitou muito a nossa entrada. O tempo todo ele segurava
minha mão, me passando segurança daquela loucura que estávamos prestes a fazer.
Luan pegou o cartão do quarto em seu bolso, abriu a porta e pediu que eu
entrasse. Entrei ao lado da minha timidez, olhei ao redor e percebi o quanto
tudo aquilo era enorme e luxuoso. Andei em direção à sacada e as estrelas
brilhavam em quente cumplicidade, trazendo até mim toda aquela maravilhosa
sensação de proteção, elas faziam parte da minha alma. Fechei meus olhos na
tentativa de absorver todo aquele prazer em tê-las comigo naquela noite, que
para mim também era especial. Senti a presença de Luan bem próximo a mim, seus
braços rodearem minha cintura, sua respiração em meu pescoço, sua delicadeza,
seu perfume embriagante. Respirei fundo, me coloquei em sua frente e acariciei
seu rosto com toda a delicadeza dos meus dedos. Ele era meu, antes mesmo de ser
de qualquer pessoa ou até mesmo de nem ser verdadeiramente meu, mas eu sentia
que existia um pouco de mim nele, assim como existia um pouco dele em mim.
– Eu não
consigo entender essa sensação que eu tenho de te conhecer... – Olhei profundamente
em seus olhos – É algo que foge da minha realidade, entende? Como se você fosse
alguém que partiu, mas continua aqui.
– Eu sinto a
mesma coisa. – Apertou forte minha cintura – Desde o primeiro momento em que eu
te vi, era como se você nunca tivesse partido.
– Eu não
sei... – Abaixe minha cabeça – Não sei se estou fazendo a coisa certa, mas tudo
me pede pra ficar.
– Então fica.
– Sussurrou – Fica comigo hoje.
Não foi
preciso mais que disséssemos uma só palavra, nossos lábios mais uma vez se
uniram, como algo precioso que não se pode deixa partir. Luan era cuidadoso,
carinhoso, romântico, mas ao mesmo tempo transmitia algo extremamente forte, um
desejo incontrolável que não nos permitia nos afastar. Primeiro se foi minhas sandálias,
depois meu vestido, enquanto sem controle algum eu tentava tirar toda sua
roupa. Virou-me de costas para ele e com força, enrolou meus cabelos em suas
mãos, fazendo-me sentir seus lábios quentes em minha nuca e costas, fazendo com
que eu fechasse meus olhos com ainda mais vontade dele. Ele era incrível, me
fazia viajar sem tirar os pés do meu mundo, apenas com um olhar ou um toque. Ele
me guiou até a cama e com toda delicadeza do mundo, colocou-me sobre ela e me
observou por alguns minutos, fazendo minhas bochechas ficarem vermelhas de
vergonha. Ele então começou a beijar meus pés “Ah, o pé não” pensei “chegou ao
ponto fraco, ao calcanhar de Aquiles”.
– Você é a
primeira mulher, em toda a minha vida, que me provoca esse desejo. De beijar os
pés, não só. De beijar o corpo inteiro. – Ele falou desejoso e começou a beija
cada centímetro do meu corpo, levando-me a loucura.
Amanhã eu
poderia me arrepender de qualquer coisa, menos de estar aqui nessa noite. Sim,
mesmo sabendo que isso poderá não sair daqui, não ir além, eu tinha total consciência
disso, mas eu estava disposta a enfrentar por ele, por mim. Eu não esperava que
no dia seguinte ele me mandasse um buquê de flores, me ligasse agradecendo pela
noite maravilhosa que tivemos ou simplesmente combinar o próximo encontro. Eu
não esperava absolutamente nada, eu só queria viver intensamente essa noite e
era isso que eu estava fazendo, eu estava vivendo. Eu sabia que tudo isso não
significava nada pra ele, sabia que amanhã ele poderia estar em outro quarto de
hotel, com outra pessoa. Eu sabia que as coisas estavam saindo do meu controle,
mas quem liga? Quem se importa com isso? Eu sei onde parar, mas sei também que
esse não é o momento propício pra isso. Cada beijo, cada toque, cada palavra
sem nexo que saia de sua boca, era algo a mais pra mim. Eu não tinha mais
controle da situação, cada toque dele sobre meu corpo, me levava ao extremo da
loucura. Fomos conhecendo nossos corpos, nos permitindo adentrar na intimidade
do outro, sem nos preocupar com o que poderia ser daqui pra frente. Não foi
preciso muitas palavras, apenas o barulho de nossos corpos suados e nossas respirações
ofegantes já diziam tudo. Chegamos juntos ao nosso ápice, estávamos exaustos,
mas sentíamos uma sensação de paz.
– Você é
maravilhosa. – Beijou minhas costas – Você está bem? – Perguntou carinhoso.
– Como eu
nunca estive antes. – Sorri ainda com meus olhos fechados – Você é incrível. –
Ele apenas deitou sua cabeça em cima da minha – Acho que preciso de um banho.
– Posso ir
com você? – Perguntou sapeca.
– Não.
– Curta e
grossa.
– Você teria
uma camisa pra me emprestar? – Levantei enrolando o lençol sobre meu corpo.
– Claro. –
Levantou indo em direção a sua mala. – Tem certeza que vai precisar dela? –
Sorriu me segurando pela cintura.
– Absoluta. –
Sussurrei em seu ouvido. – Vou tomar banho. – Deixei um beijo em seus lábios e
segui para o banheiro.
Graças a
Deus eu não saia de casa sem uma calcinha e um protetor, seriam extremamente
essenciais nesse momento. Tomei um banho demorado, enquanto um filme passava em
minha cabeça, desde o primeiro momento que vi Luan em minha frente, até esse
momento em que estou no banheiro do seu quarto de hotel. O destino brincava com
a gente, nos fazia enlouquecer em poucos minutos, sem nem ao menos pedir
permissão. Depois do meu banho, voltei ao quarto e Luan estava concentrado em
seu celular, era inacreditável como ele ficava ainda mais lindo assim. Quando
me viu passar para arrumar minha bolsa, tirou a atenção do celular e ficou me
observando.
– O que foi?
– Perguntei sentando na cama.
– Você é tão
linda. – Respondeu sério – Por que eu não te conheci antes?
– Porque pra
tudo tem seu tempo certo. – Respondi me aproximando – Assim como esse momento. –
Selei nossos lábios – Vai tomar banho?
– Por mim eu
fico aqui. – Segurou meu rosto impedindo que eu me afastasse.
– Mas você
precisa tomar um banho.
– Tudo bem. –
Selou mais uma vez nossos lábios em um beijo carinhoso – Já volto.
Aproveitei
para arrumar a cama, peguei alguns lençóis novos e organizei nossas roupas que
estavam jogadas no chão. Olhei meu celular e tinhas duas novas mensagens de
Laura, expliquei a ela que eu estava bem e que logo pela manhã bem cedo eu
estaria de volta. Ela entendeu, não pediu nenhuma explicação, nem era preciso.
Laura me conhecia extremamente bem, sabia que eu não era uma irresponsável e que
eu tinha total consciência das minhas decisões. Depois de tudo organizado, olhei
minhas redes sociais e acabei cochilando. Só despertei quando Luan deitou ao
meu lado, abri os olhos com um pouco dificuldade e ele me olhava como um anjo.
– Está com
muito sono? – Perguntou me puxando para mais perto dele.
– Um pouquinho...
– Bocejei colocando minha cabeça em seu peito – Você não?
– Eu só
consigo dormir depois das 6:00h. – Riu fazendo carinho em meu braço.
– Você vai
ficar chateado se eu dormir? – Perguntei lutando contra meu sono.
– Claro que
não. – Beijou minha mão – Vá dormir.
– Tudo bem, boa
noite! – Sussurrei me aconchegando mais em seu peito.
– Boa noite,
meu bem! – Era longe, mas levei um choque ao ouvir o seu “meu bem”.
Eu não
queria confundir as coisas, mas era exatamente assim que Vicente me chamava “da
maneira mais linda que existia”. Senti um arrepio, uma vontade de chorar e tudo
o que meu coração suplicava naquele momento, era que eu continuasse ali, com
toda a força da minha alma.
To encantada com essa fanfic 😍😍 cada capitulo fico mais apaixonada por ela 😊☺👏.
ResponderExcluirVC já escreveu outras fanfics, se sim,manda o link por favor. Bjsss 😙😙
Meu amorrrr , como estou feliz que você voltou? Estou encantada com tudo. Te amoo
ResponderExcluirE continuaaaa , o Luan esta encantador..
Esse capitulo tao amorzinhoooo!nao sei lidar continue patizoca❤.
ResponderExcluirGaby
Amei demais esse capítulo,a fanfic tá no início e eu já estou imaginando eles namorando,casando,tendo filhos kkk
ResponderExcluirFic maravilhosa, eles são lindos juntos espero que elea fique juntos logo.
ResponderExcluirVc tem outras fanfic's?
ResponderExcluirAqui, meu amor: http://fanficquandoamorchegar.blogspot.com.br/
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